sexta-feira, 30 de maio de 2014

O Segundo Obstáculo: México

 

Dia 17 de junho em Fortaleza o Brasil enfrenta seu segundo adversário na caminhada pelo Hexa: a seleção mexicana.

México que em duelos recentes contra os brasileiros sempre endureceu os jogos e até ganhou alguns importantes como a final das Confederações em 1999 no Azteca, o jogo da fase de grupos da Copa das Confederações na Alemanha em 2005 e a final olímpica em 2012. Por isso convém abrir o olho e levar a sério esse duelo. Nos dois jogos mais recentes deu Brasil. Um amistoso em Laguna e na Copa das Confederações do ano passado, no mesmo Castelão diga-se.

Em copas foram 2 confrontos: um em 50 aqui no Brasil e outro em 66 na Inglaterra.

O time mexicano que vem a esse mundial é uma incógnita. Não se sabe se virá o time que tropeçou demais nas eliminatórias se complicando contra Panamá e Jamaica por exemplo ou o time que atropelou a Nova Zelândia na repescagem. Um ou outro fazem do México candidato a segunda vaga junto com a Croácia. Há também a questão da vaidade no time que pode por tudo a perder. Um dos seus melhores jogadores e maestro do time medalha de ouro em Londres, Carlos Vela, não vem por briga com o técnico. Giovanni dos Santos, outro campeão olímpico, não repete na seleção o que joga nos clubes por onde passa.

Olhando o elenco vê-se que a matéria-prima permite que se extraia um bom suco. No gol Ochoa é segurança pura, porém o técnico pode optar por Jesus Corona, que se não é um mago debaixo das traves também não compromete.

Na zaga dois veteranos dão o tom: Rafa Marquez que sente os efeitos da idade e o excelente lateral esquerdo Carlos Salcido. Mier, a quem Neymar fez de gato e sapato no jogo do ano passado não virá.

No meio Giovanni dos Santos é o principal articulador de jogadas. Luis Montes auxilia pelos lados do campo junto com os volantes Peña e Herrera.

No ataque o bom Chicharito Hernandez mas que não está em uma fase das melhores como estava em 2010, quando apareceu para o mundo infernizando os zagueiros franceses. Juntam-se a ele a maior esperança de gols desse time, o titular do ouro olímpico e artilheiro Oribe Peralta e também Raul Jimenez, outro atacante jovem e titular em Londres.

Como Camarões não deve dar muito trabalho no grupo, a seguir a lógica o México joga sua vida dia 23 no Recife contra a Croácia. Quem ganhar passa de fase. Simples assim!

No vídeo os melhores momentos de Brasil 2x0 México pela Copa das Confederações 2013

 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

O 1º Adversário: Croácia

 

12 de junho, 17 horas. Dia e hora da bola começar a rolar para a Copa do Mundo em solo tupiniquim.

O primeiro adversário da seleção brasileira é a Croácia. Uma velha conhecida nossa de outras copas. Foi também o adversário de estréia em 2006, um jogo duríssimo decidido na genialidade de Kaká, o melhor do mundo à época.

Croácia é uma seleção com pouco tempo de vida. Dissidente da antiga Iugoslávia traz consigo o toque de bola daquele tempo. Jogadores de meio habilidosos, atacantes goleadores e muita força pelo lado do campo. Porém a preparação tem sido traumática em termos de lesões com 3 cortes de atletas. O que já se mostra perigoso em algumas posições onde haverá de se improvisar como na lateral esquerda, onde o bom meia esquerda Daniel Pranjic deverá ser efetivado.

Tem uma espinha dorsal muito boa começando pela defesa. É um time que se assemelha bastante ao excelente time de 98 quando conquistou o trceiro lugar na sua estréia. Baseava sua força no meio e no ataque com Boban, meia do Milan e do matador Davor Suker. Nessa copa Modric e Mandzukic ocupam seus lugares.

Pletikosa é um goleiro experiente e seguro. Srna é o lateral direito e a estrela do sistema defensivo que conta com Corluka, um ótimo zagueiro de área. Srna sobe pouco ao ataque e sem um lateral esquerdo de ofício, subirá menos ainda.

O meio tem dois excelentes meias: Kranjcar e Luka Modric, campeão da Champions pelo Real Madri como titular. Prova é que o Real abriu mão do excelente Ozil por Modric. É onde o Brasil deveria ficar mais atento, pois só temos Luiz Gustavo de marcador de ofício no meio, o resto faz sombra e só. Paulinho, Oscar, Hulk e Neymar precisarão ajudar um pouco

No ataque mais bons nomes: Ivica Olic, o brasileiro naturalizado Eduardo da Silva e o goleador do Bayern de Munique, Mario Mandzukic que, ressalve-se, está fora da estréia por estar suspenso devido a expulsão na última rodada das eliminatórias.

Analisando friamente, eu destacaria como a favorita a ser o segundo time classificado do grupo. Mais para frente não deve ir pois o cruzamento deve reservar Espanha ou Holanda aos croatas e, convenhamos, são os dois últimos finalistas de Copa do Mundo e permanecem muito fortes.

No vídeo, os melhores momentos da difícil estréia de 2006.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Horários e Logística da Copa

 

Faltando 15 dias para a estréia do Brasil e abertura da Copa no Brasil, no dia 12 as 17:00 de Brasília, convém falar um pouco do porquê dos horários escolhidos para os jogos acontecerem e também da logística confusa da tabela de jogos. Teremos de tudo desde jogo as 13 horas em Natal, Salvador e Fortaleza por exemplo, até jogos as 22 horas na Arena Pernambuco em São João da Mata, na grande Recife.

E tudo isso por quê? Pelo simples fato que a Fifa não tá nem aí para a condição física e fisiológica dos atletas, nem para as dificuldades que os torcedores terão para chegada e saída dos estádios. Na verdade, a agenda foi feita pensando no fuso horário europeu, tal e qual na Copa babilônica nos EUA em 94, onde chegou-se ao absurdo de ter o jogo final começando ao meio dia em Los Angeles.

Sob a ótica da fisiologia chega a ser um crime obrigar jogos de futebol as 13 horas em cidades quentes e úmidas como as do Nordeste. A Copa das Confederações mostrou um pouco isso na disputa de 3º lugar entre Itália x Uruguai na Fonte Nova, um jogo onde teve prorrogação e pênaltis. Os dois times mal se mexiam na prorrogação. E, por uma coincidência macabra, essas duas seleções se enfrentam na primeira fase em Natal as…13 horas! Ao menos parece que os jogos em cidades quentes terão tempo técnico de 3 minutos entre os 22 e 25 minutos de cada tempo. O que apenas ameniza os efeitos do calor mas não elimina.

Sob a ótica do conforto e segurança do torcedor também nada foi pensado. Costa do Marfim x Japão se enfrentam as 22 horas de um sábado na Arena Pernambuco. Um estádio fora do Recife, onde se é necessário ao menos 1 hora de trajeto partindo da capital pernambucana até o estádio. Começando as 22 o jogo termna perto da meia noite e com trânsito, o torcedor chegará em casa por volta de 02:00 da madrugada do domingo já. Absurdo!

Outra coisa que não se levou em conta ao organizar a tabela é a dimensão continental do Brasil. Fez-se uma tabela imaginando que o Brasil fosse do tamanho de Alemanha e África do Sul por exemplo onde as seleções jamais repetiam cidades nos jogos da primeira fase, acarretando em viagens excessivamente longas e mudanças bruscas de clima. Enquanto o Nordeste terá calor intenso, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre estarão em rigoroso inverno. Nesse ponto algumas seleções foram excessivamente prejudicadas, outras deram sorte.

Entre as que deram sorte de terem jogos perto estão Argentina (Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre), México (Natal, Fortaleza e Recife), Alemanha (Salvador, Fortaleza e Recife) e a Bélgica (Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo) foi quem mais se beneficiou. No grupo dos azarados que farão viagens longas estão Croácia (São Paulo, Manaus e Recife), França (Porto Alegre, Salvador e Rio de Janeiro), Bósnia (Rio de Janeiro, Cuiabá e Salvador) e a Austrália que faz seu primeiro jogo na capital mais quente do país, Cuiabá, e depois joga na mais fria do país: Porto Alegre.

Por tudo isso prevejo uma copa de muitos gols. O desgaste físico deve dar o tom e com isso diminui-se a precisão das defesas correndo atrás dos atacantes. No fim as mazelas da tabela podem fazer uma excelente copa em número de gols mas péssima no aspecto técnico.

É esperar para ver. Falta pouco…