sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O que sobrou depois do Tolima

Passada a maior vergonha da história recente do Corinthians, pós rebaixamento, o clube entrou num turbilhão de emoções com jogadores sendo queimados, outros subindo, descrédito do treinador e rompimento da torcida com suas estrelas.

Sem sombra de dúvida os mais chamuscados com a eliminação foram Ronaldo, Roberto Carlos, Dentinho e Bruno César.

Ronaldo, não é de hoje, não consegue levar o futebol a sério mais e entrar em forma. E também se recusa a largar o osso e tem as costas quentes, banco é fora de cogitação para ele. Então teremos que aguentar até o fim do ano que ele pare com o futebol.

Roberto Carlos foi tratado no post abaixo e pelo menos tá tendo a dignidade de sair e parar de chupinhar o clube.

Dentinho é um caso que parece entrar em um rumo que pode não ser bom para ele como profissional e para o clube. A parceria com Ronaldo fez mais mal que bem para o garoto de ouro da Fiel. Não é recente sua queda de produção. Em 2010 também não teve um ano brilhante. Porém tem crédito por ter nascido no clube e a torcida costuma ter mais paciência com a molecada do terrão.

Bruno César é uma incógnita. Me parece um caso de que o treinador não consegue fazer com que ele renda o que dele se espera. Depois de Mano, nenhum treinador o usou na posição de origem, fazendo com que ele perca o brilho do ano passado. Pode voltar, mas hoje está atrás de Danilo, Ramirez e Morais.

Sobre Tite me parece claro que não é o técnico que pode levar o Corinthians a grandes conquistas. Ele é teórico e erudito demais para dar certo no “Time do Povo”. Sem contar que montou mal demais o elenco de 2011. Para o gol apenas Julio César é confiável. Nenhum reserva de bom nível.

Não há laterais direitos de origem no elenco. O titular, Alessandro, é volante mas quebra o galho bem pela direita. Os reservas é que são tristes: Moacir e Moradei (dois volantes também).

Para a zaga, a saída de William, capitão por 3 anos não teve reposição a altura e nem Castan, Wallace e Paulo André, parecem ter bola para serem parceiros de Chicão.

O grupo de volantes é bom mas precisa de reforços. Atualmente tem Paulinho, Ralf, Jucilei, Moradei. Jucilei pode ir para a Itália em agosto. Cristian quer voltar. Ainda assim, esse quarto não seria o Moradei. Fraco demais tecnicamente.

No meio sobram meias atacantes e algum vai ser encostado quando poderiam ser boas moedas de troca. Edno, Danilo, Morais e Bruno César disputam 1 cadeira nos 11 titulares e outra no banco. Edno não é reserva de centroavante e nunca foi.

No ataque a chegada de Liédson foi muito boa e sobram Dentinho, Jorge Henrique como bons parceiros. Ronaldo não quer mais nada com a bola e o menino que veio do Figueirense, William, no pouco que entrou nada mostrou.

Agora tempo terá de sobra até o Brasileiro, para planejar e remontar com critério. Basta querer.

Crônica de uma saída anunciada

E o caso Roberto Carlos, no Corinthians, parece se encaminhar ao seu desfecho com o desligamento do atleta do clube.

Algumas ponderações se fazem necessárias nesse imbróglio.

Roberto Carlos foi mal na sua passagem no Parque São Jorge? Não! Muito ao contrário, foi até melhor do que se imaginava. A última imagem que o brasileiro tinha do lateral era o famigerado episódio da meia no gol de Henry pelas quartas de final da Copa 2006 e o que se viu na sua volta foi um veterano jogando como menino, quase 100% dos jogos e atuando muito bem o ano todo. Ganhou até a Bola de Prata de melhor lateral esquerdo no Brasileiro 2010.

Veio 2011 e uma atuação de gala na estréia contra a Portuguesa, superando expectativas, com direito a um gol olímpico antológico. Depois uma diminuição no ritmo natural e veio os jogos contra o Tolima. No jogo de ida ninguém foi bem, não só o Roberto Carlos. A “contusão” alegada para o segundo jogo é que foi o estopim de tudo. A torcida passou a cobrar os mais badalados, isto é, Ronaldo (esse sim deve bastante futebol) e Roberto Carlos.

O que não é certo é usar o argumento de perseguição e medo da família quando parece claro que o dinheiro russo seduziu o lateral. A saída dele se dá mais por motivos financeiros do que qualquer outra coisa. Se ele quisesse poderia ter tentado mudar a opinião da torcida com futebol como vêm fazendo o peruano Ramirez, Alessandro, Júlio César, Morais, Danilo e Jorge Henrique.  O time foi reforçado com Liédson e parece que existe uma luz no fim do túnel. A única certeza disso tudo é que nem Roberto é o demônio que pintaram e tampouco o anjo que quer demonstrar ser.

Vida que segue. Que ele seja feliz onde quer que ele queira e que o Corinthians perceba que é melhor contratar jogador que vá bem no campo do que apostar no marketing de superestrelas.