sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Crônica de uma saída anunciada

E o caso Roberto Carlos, no Corinthians, parece se encaminhar ao seu desfecho com o desligamento do atleta do clube.

Algumas ponderações se fazem necessárias nesse imbróglio.

Roberto Carlos foi mal na sua passagem no Parque São Jorge? Não! Muito ao contrário, foi até melhor do que se imaginava. A última imagem que o brasileiro tinha do lateral era o famigerado episódio da meia no gol de Henry pelas quartas de final da Copa 2006 e o que se viu na sua volta foi um veterano jogando como menino, quase 100% dos jogos e atuando muito bem o ano todo. Ganhou até a Bola de Prata de melhor lateral esquerdo no Brasileiro 2010.

Veio 2011 e uma atuação de gala na estréia contra a Portuguesa, superando expectativas, com direito a um gol olímpico antológico. Depois uma diminuição no ritmo natural e veio os jogos contra o Tolima. No jogo de ida ninguém foi bem, não só o Roberto Carlos. A “contusão” alegada para o segundo jogo é que foi o estopim de tudo. A torcida passou a cobrar os mais badalados, isto é, Ronaldo (esse sim deve bastante futebol) e Roberto Carlos.

O que não é certo é usar o argumento de perseguição e medo da família quando parece claro que o dinheiro russo seduziu o lateral. A saída dele se dá mais por motivos financeiros do que qualquer outra coisa. Se ele quisesse poderia ter tentado mudar a opinião da torcida com futebol como vêm fazendo o peruano Ramirez, Alessandro, Júlio César, Morais, Danilo e Jorge Henrique.  O time foi reforçado com Liédson e parece que existe uma luz no fim do túnel. A única certeza disso tudo é que nem Roberto é o demônio que pintaram e tampouco o anjo que quer demonstrar ser.

Vida que segue. Que ele seja feliz onde quer que ele queira e que o Corinthians perceba que é melhor contratar jogador que vá bem no campo do que apostar no marketing de superestrelas.

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