segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O Dilema do Aranha

 

Quando tive a idéia do post ainda não havia acontecido o acidente de Schumacher. Pensei sim na derrota do Anderson Silva novamente contra o americano Chris Weidman.

Muita baboseira tem sido dita nesse caminho como se o Spider fosse invencível nas muitas vitorias e um lixo nas derrotas. Nem tanto ao mar, nem tanto a terra.

Anderson está entre as lendas do esporte. Eu sou daqueles que prefere ver a história ser escrita pelos grandes a ter que torcer pelos piores apenas por piedade. Eu posso dizer que vi Michael Jordan, Roger Federer, Mike Tyson, Michael Schumacher, por exemplo. Todos gênios naquilo que se propuseram fazer, mas que sempre tinham uma “pedra no sapato”. Um adversário que lhes impunham dificuldades que não eram comuns.

Michael Jordan menos que os outros porque é o único da lista que praticava esporte coletivo. Mas Tyson não conseguia vencer Holyfield em hipótese nenhuma, mesmo sendo muito superior em quase tudo. Schumacher foi dominante por quase uma década na Fórmula 1 mas nos confrontos diretos em pista contra Mika Hakkinen perdia quase todos, destaque para a manobra em Monza onde Hakkinen engoliu Schumi e Ricardo Zonta na mesma manobra a duas voltas do fim.

Roger Federer detém quase todos os recordes no tênis, porém sempre teve dificuldades contra Rafael Nadal. Tudo isso se explica por um motivo: esporte nunca foi uma ciência exata, para que hajam vencedores é preciso que hajam perdedores. E estilos precisam encaixar. É o caso de Anderson contra Weidman. O estilo do americano anula o jogo de um trocador como o brasileiro. Um striker precisa da distância e Weidman, com sua base na luta olímpica, não concede essa distância. Tal e qual Cain Velazquez fez (e faz sempre) contra Cigano, Weidman prende o adversário na grade ou no solo. A cena que melhor ilustra isso é no momento do ataque feroz do americano em cima do brasileiro. Ele conseguia fazer postura mesmo dentro da guarda do Anderson, como se estivesse montado.

Na primeira luta houve uma grita geral pelo excesso de firulas do Spider que culminaram na derrota que abalou o mundo e construíram uma derrota vexatória. Mas as firulas foram apenas parte do processo. Anderson foi superado desde o começo da primeira luta. Perdeu claramente o primeiro assalto e teve um momento de brilhareco quando começou com as provocações faltando 30 segundos para o round acabar. Veio o intervalo e mais afrontas para cima do americano que permaneceu sério e derrubou o mito.

Veio a luta do último sábado e de novo renasceu o “amor” da torcida por Anderson, todo mundo dando como fava contada a vitória do brasileiro como se Weidman não tivesse mérito por ser o detentor do cinturão. Mas de novo o jogo do americano anulou Anderson. Independente da fratura, o Spider perdeu. Dignamente dessa vez, mas perdeu. No primeiro assalto o brasileiro foi amassado pelo campeão. Cheguei a achar que Herb Dean ia paralisar depois de um ground and pound avassalador de Weidman. Mas a luta seguiu e Anderson não conseguia mover uma peça sequer. enquanto ele buscava alternativas choveram cotoveladas de Weidman e todas com endereço certo. Aliás cabe aqui um registro: Nunca vi um Anderson como nessa luta. O semblante sério desde a pesagem sábado até a luta. Ele não tentou envolver Weidman em jogo psicológico como de costume, não. Era um Anderson sério, até demais! Veio o segundo round e aquela cena horrorosa da perna do brasileiro virando um L, culminando com urros de dor assombrosos.

Conversando com meu sobrinho ele me fez uma pergunta, se o que doía mais para o Anderson: a dor física da fratura ou a dor de um atleta que amava ser o dono do cinturão e viu, talvez, sua última chance de recuperar o cinturão escorrer por entre os dedos? Acho que ambas. Anderson não é mais um menino, aos 38 anos, vai precisar de um ano quase para retornar porque não basta apenas curar a perna, há que se readquirir massa muscular, recuperar o ritmo e teria de fazer pelo menos 2 lutas em bom nível antes de voltar a ter um title shot.

Agora é o momento em que o homem toma lugar acima do atleta. Só a cabeça do Anderson saberá o melhor para sua vida. Se voltar seria muito bem vindo,  do contrário o que ele fez já valeu demais.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O Outro Lado da Copa

 

No meio dessa celeuma criada por Roy Hodgson, treinador da Inglaterra que disse que não gostaria de jogar em Manaus, o que foi prontamente respondido pelo prefeito Manauara, Arthur Virgilio Neto, dizendo que Manaus também não se interessa pela Inglaterra cabe aqui abordar o lado extra-campo do Mundial.

Por ser um evento internacional, a Copa não se restringe apenas as cidades-sedes. Outras cidades se beneficiarão com o turismo que o evento traz. Serão dezenas de milhares de turistas desembarcando no Brasil. Porém, há um outro lado nisso tudo: algumas seleções tem históricos de torcedores arruaceiros que as cidades preferem evitar. E nessa copa, os piores deles estão classificados para o Mundial. Ingleses, Holandeses, Alemães e Russos. E para piorar o quadro, a Fifa não permite Lei Seca. Ao contrário, tem patrocínios de cervejarias e as vende dentro dos estádio diferentemente do que reza o Estatuto do Torcedor.

Algumas seleções já definiram suas sedes. O México ficará hospedado em Santos, os suiços escolheram o Guarujá como sede, a Seleção volta a Granja Comary em Teresópolis e a Argentina em Vespasiano, na Cidade do Galo em MG. Essas escolhas podem mudar dependendo do que disser o sorteio de amanhã. Por exemplo, se ficar no Grupo G, a Suiça jogaria em Salvador, Fortaleza e Recife, o que tornaria a estadia no Guarujá impossível.

O Estado de São Paulo tem tudo para receber a maior parte das seleções que disputarão a Copa de 2014 por causa da boa infraestrutura e da quantidade de Centros de Treinamento de Seleções (os CTS) que foram incluídos no catálogo da Fifa. A maior disputa, no entanto, é para garantir a presença das equipes mais famosas, como Espanha, Alemanha e Holanda, que são consideradas favoritas no torneio e atraem muita atenção por onde passam. E, quando se fala nas grandes seleções, aí a disputa fica mais acirrada, mas concentrada nas regiões Sul e Sudeste.

Alguns setores da economia tendem a aproveitar melhor o fluxo de turistas. Restaurantes, Artesanato, Hospedarias estão entre as que mais lucrarão. Não deve haver impacto muito grande para serviços, como telecom por exemplo. Cidades com praias também devem ter a preferência dos turistas. O que pode implicar em um paradóxo: as seleções européias preferem evitar o Nordeste por conta do calor e da umidade. Os torcedores rezam para suas seleções se estabelecerem no nordeste por conta das belezas naturais.

Por conta de obras que ficaram apenas no papel e não vão sair, a população pode ser prejudicada. Na questão da mobilidade urbana e na área da saúde por exemplo, os impactos podem ser gritantes. Recife por exemplo é uma sede que tem sérias dificuldades com o Metrô e tem trânsito caótico e o estádio fica há quase 70km fora dos limites da cidade, em São Lourenço da Mata. Na Copa das Confederações os problemas já foram sentidos. Espanhóis e Uruguaios reclamaram demais das condições oferecidas para treinos e a dificuldade de locomoção com estradas de terra em um estado onde chove pelo menos uma vez no dia na época do Mundial.

Todos esses fatores formam um quebra cabeças difícil de elucidar. Abaixo colocarei as cidades que algumas das seleções estudam ficar.

  • Espanha: Visitou o CT do Caju em Curitiba, o CT de Cotia do São Paulo e Sete Lagoas em Minas Gerais
  • Alemanha: Visitou o CT do Corinthians e Sete Lagoas
  • Itália: Quase certo em Mangaratiba no RJ
  • Inglaterra: Quer o Rio de Janeiro. O problema reside na falta de boas condiçoes de treino.
  • Equador: Visitou Porto Alegre e Caxias.
  • Holanda: Em negociações com o Flamengo.
  • EUA: Quase certo no CT da Barra Funda.
  • Japão: Negocia com Itú.
  • Irã: Negocia com Goiânia. Mas pode acabar em SP, talvez Riberão Preto.
  • Bélgica: Certa com Mogi das Cruzes.
  • Bósnia: Visitou Porto Seguro.
  • Chile: Deve ficar no Sul. Visitou Curitiba, Londrina e o CT da Ulbra em Canoas.
  • Colômbia: Entre Atibaia e Águas de Lindóia.
  • Costa Rica: Visitou e gostou de Caxias.
  • Austrália: Visitou Santos, Vitória e Goiânia. Santos deve ter os Mexicanos.
  • Coréia do Sul: Prefere o interior de SP. Negocia com Campinas e Ribeirão Preto.
  • Rússia: Quase certa com Bento Gonçalves na Serra Gaúcha.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Entendendo o Sorteio de 2014

A Copa do Mundo de 2014 começa oficialmente nessa sexta feira na Costa do Sauípe com o sorteio das chaves que formarão os 8 grupos de quatro seleções cada.

O sorteio tem peculiaridades pré-estabelecidas e por isso ele será meio dirigido. Vou tentar explicar como funcionará. Segundo as regras times de um mesmo continente não podem estar na mesma chave, com exceção dos europeus com o máximo de 2 em cada grupo, isso porque são 13 europeus classificados. Nos outros continentes apenas 1 por chave. Depois de cada bolinha sorteada, sorteia-se a posição no grupo que ela ocupará. Usando o Brasil como exemplo: O time que sair de A2 joga na estréia da Copa com o Brasil, A3 o segundo jogo e A4 fecha a primeira fase.

As 32 seleções serão divididas em 4 potes para o sorteio. No Pote 1 ficam os cabeças de chave, que foram definidos com os 7 melhores do ranking de outubro, são eles: Argentina, Uruguai, Colômbia, Espanha, Alemanha, Bélgica e Suiça e mais o Brasil, que já se sabe ficará no grupo A abrindo a copa em São Paulo dia 12 de junho. Esse critério tornou o sorteio cheio de perigos, pois Itália, França, Inglaterra e Holanda estão entre os "mortais".


No segundo pote os europeus que restaram: Portugal, Itália, Inglaterra, França, Holanda, Croácia, Bósnia, Rússia e Grécia. Os 8 primeiros sorteados desse pote vão sendo postos em ordem de sorteio nos grupos sem surpresas. O primeiro no grupo do Brasil, segundo no B e por aí vai. O nono time será re-sorteado para um grupo onde não tenha dois europeus, ou seja, ele obrigatoriamente vai para o grupo de Brasil, Argentina, Uruguai ou Colômbia. A Fifa divulgou inclusive que deverá ser o primeiro sorteado de todos, mas eu duvido disso ainda, tiraria a graça da surpresa. Quem ficar com esse europeu não terá sorteados do terceiro pote.


O terceiro pote terá os 2 sulamericanos que sobraram: Chile e Equador e mais os 5 africanos: Costa do Marfim, Argélia, Camarões, Nigéria e Gana. De novo, será dirigido. Os sulamericanos vão para um grupo onde tenha europeus de cabeça de chave. e os africanos completam os grupos até termos 3 em cada.


Por fim o último pote tem os países do Caribe e América do Norte: EUA, Honduras, Costa Rica e México e os asiáticos Japão, Coréia do Sul, Austrália e Irã. Aí sem surpresas, o primeiro sorteado no grupo A, até o oitavo no H.


Olhando vê-se claramente a possibilidade de "Grupos da Morte" principalmente para Argentina, Uruguai e Brasil. que podem ter dois europeus em suas chaves. Poderemos ter um grupo com Brasil, Itália, Holanda e México por exemplo. Mas também poderia ser Brasil, Bósnia, Argélia e Irã. Convém ficar de olho no Grupo B que é o grupo que cruza com o nosso na segunda fase. 


Enfim, coisas que só as bolinhas nos dirão no dia 6 a partir de 1 da tarde. É esperar pra ver...

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Todos a bordo!

 

Passados quase 3 anos de eliminatórias e repescagens, finalmente se desenharam os 32 países que virão ao Brasil em 2014.

Acho que talvez seja a primeira Copa sem candidatos a saco de pancadas. Nenhuma grande surpresa na lista. Mesmo a estreante Bósnia-Herzegovina tem jogadores em times do primeiro escalão, como o centroavante Edin Dzeko que joga pelo Manchester City da Inglaterra.

Da América do Sul vêm Argentina, Uruguai, Colômbia, Chile e Equador. Destaque para o retorno da Colômbia fora desde 94 e para o fim da sequência do Paraguai, presente nas últimas 4 edições.

Da Concacaf os classificados foram Estados Unidos, México, Costa Rica e Honduras. Sem surpresas.

Da África virão Nigéria, Costa do Marfim, Camarões, Gana e Argélia, de volta após 3 copas ausente.

Na Ásia os classificados foram Japão, Coréia do Sul, Austrália e, a maior surpresa entre os 32, o Irã.

Pela Europa virão os campeões mundiais Espanha, França, Inglaterra, Alemanha e Itália; somam-se a eles Rússia, Bósnia, Suiça, Holanda, Grécia, Portugal, Croácia e Bélgica.

Ao que parece teremos a hipótese de grupos da morte, pois a Fifa parece inclinada a confirmar os cabeças de chaves pelo ranking Fifa e mais o Brasil por ser sede. Sendo assim os cabeças seriam a seleção brasileira, Espanha, Alemanha, Argentina, Colômbia, Bélgica, Uruguai e Suiça. Deixando assim de fora Inglaterra, Holanda, França, Portugal e Itália. E o como o sorteio é dirigido, por exemplo num mesmo grupo não podem ter mais de 2 europeus e apenas 1 de cada outra confederação, evitando que Brasil pegue Colômbia ou Chile por exemplo.

Em um próximo post publico com mais detalhes as regras do sorteio e suas possibilidades.

domingo, 9 de junho de 2013

Os Rumos da Seleção

 

Passados os amistosos e o fim do tabú sem vitória chega a hora da seleção encarar seu primeiro desafio real com Felipão que é a Copa das Confederações

Depois do fiasco de 2010, a seleção passou por uma reformulação necessária sob o comando de Mano Menezes que em dois anos lutou demais para achar uma formação e um esquema.  O Brasil por ser sede não disputou as eliminatórias e isso faz falta em um time em formação. A eliminatória daria ritmo de competição ao time, amistosos pouco servem nesse aspecto. Quando parecia encaixar o time em um 4-6-0 interessante, com dois volantes, Neymar e Hulk pelos lados e Kaká e Oscar na armação se revezavam como referência, Mano caiu. E veio Felipão.

Felipão tem bagagem e tem um título mundial no curriculum em situação idêntica. Pegou um time destruído, sem base nenhuma e fez um esquema que funcionou bem demais. Ele armou com dois zagueiros fixos de área (Roque Junior e Lúcio), um volante híbrido de zagueiro (Edmilson), dois laterais que só sabiam atacar (Cafú e Roberto Carlos), dois volantes que tinham poder de marcação e saída (Gilberto Silva e Kleberson), dois homens na armação (Ronaldinho e Rivaldo) e uma referência no ataque (Ronaldo). Com a bola era um 4-2-4, sem a bola um 5-3-2. Isso era necessário pois os laterais subiam e demoravam a voltar, mas funcionou bem demais.

O time que se desenha agora tende a ser estruturalmente assim, mais ou menos como o time do segundo tempo hoje. Como em 2002 temos dois laterais que jogam melhor na frente do que atrás. Daniel Alves e Marcelo são excelentes no ataque mas deixam espaços. No miolo de zaga dois zagueiros fixos. Thiago Silva é titular e capitão. A outra vaga fica entre David Luiz e Dante, por um motivo simples: David Luiz pode ser o híbrido de volante e zagueiro, vaga que tem como postulantes Fernando e Luiz Gustavo. Ralf também pode ser esse homem. E de todos parece o mais preparado.

No meio a estrutura deve ser com dois volantes que sabem sair para o jogo, como Hernanes e Paulinho. Ramires também disputa uma dessas duas vagas. Na armação mais dois. Neymar é intocável, a outra vaga fica entre Oscar, Hulk e Lucas. Mais a longo prazo Ronaldinho e Kaká também postulam a essa vaga na armação. Ronaldinho mais, Kaká menos.

No ataque a referência atual é Fred que parece absoluto nessa função. Na sua reserva é que está a indefinição. Damião, Pato, Jô e (porque não?!) Robinho. Dos quatro a melhor fase é de Jô, a pior é de Pato e Damião.

Se tivesse que apostar em um time titular para a Copa do Mundo, pensando com a cabeça do Felipão, apostaria em Julio Cesar; Daniel, Thiago Silva, Dante e Marcelo; David Luiz; Hernanes, Paulinho, Neymar e Oscar (Hulk); Fred.

Olhando friamente é muito bom time, equilibrado na defesa e com poder de punch no ataque. Resta esperar para ver. Mas dá para acreditar sim. A fase ruim trouxe desconfianças à torcida e um pessimismo exagerado até. A Alemanha passou pelo mesmo drama em 2006, antes da sua copa em casa e os meninos funcionaram bem demais sob o comando de um vibrante Klinsmman. Por isso acho que até 2014 tudo se encaixa.

Enfim Ela Veio!

 

Depois de 3 anos e meio sem vitórias sobre grandes seleções, dois técnicos, quase 90 jogadores testados enfim ela veio contra um dos nossos maiores algozes: A França. E foi uma senhora vitória! Um sonoro 3x0.

É bem verdade que ela poderia ter vindo antes. No amistoso contra a Itália tivemos 2x0 de vantagem e tomamos o empate no segundo tempo e contra a Inglaterra na reabertura do Maracanã domingo passado quando terminamos o primeiro tempo com 17 finalizações contra 2 dos ingleses.

No jogo de hoje enfrentamos uma França que jogou um primeiro tempo bem solta e envolvendo fácil a marcação brasileira principalmente pelo lado direito da defesa do Brasil. O meio-campo do Brasil tinha dificuldades na criação com Paulinho muito preso atrás e Neymar e Oscar muito escondidos do jogo. Do setor de ataque apenas Hulk jogava bem, o que, diga-se, não é novidade nenhuma. Mesmo assim conseguimos equilibrar o jogo e ainda tivemos algumas chances de gol. No fim um 0x0 justo.

Veio o segundo tempo e Felipão voltou com o mesmo time. Mas bem mais solto. Uma bola recuperada no meio campo (com falta) dá origem à jogada do primeiro gol. Passe para Fred que domina e acha Oscar na área livre, que com frieza absurda dominou e tocou mansa no canto de Lloris. Brasil 1x0.

Com o gol, Scolari decidiu mexer no time. Sacou Hulk e Oscar para as entradas de Fernando e Lucas. Naquele momento o Brasil tinha a cara do Brasil de 2002, com 3 volantes sendo um deles híbrido servindo como zagueiro sem a bola, dois homens abertos pelos lados e uma referência. O time melhorou e passou a exercer domínio maior.

Mais uma alteração veio entrando Hernanes e saindo Luiz Gustavo. Essa determinou o destino do jogo. Hernanes jogou demais. E foi dele o segundo gol nascido em um contra-ataque com cara de Brasil: Paulinho carregou da defesa até a intermediária, abriu para Lucas que cruzou para Neymar ajeitar com um toque para a finalização cruzada de Hernanes. 2x0. Enfim o tabú acabava.

Depois entraram Jô e Bernard nos lugares de Fred e Neymar respectivamente. Bernard teve uma chance clara no contra-ataque e perdeu gol feito. A última alteração mudou táticamente o time com Dante no lugar de Paulinho, passando David Luiz para volante. No último lance do jogo Marcelo arrancou pela esquerda, entrou na área e foi calçado pelo zagueiro. Penalti que Lucas cobrou com perfeição para decretar um sonoro 3x0 que lavou a alma da torcida.