Ontem foi dia de Copa do Brasil. Dois jogos movimentaram a rodada.
Em Curitiba, o Coxa enfiou 6x0 no Palmeiras. No Engenhão o Ceará, carinhosamente apelidado por sua torcida de “Carroça Desembestada” parou o Bonde do Mengão Sem Freio. 2x1 com autoridade.
E o porque do título do post? Porque há semelhanças entre os resultados, excluindo-se o placar, claro. Os dois perdedores da noite tem técnicos vaidosos ao extremo e badalados. Custam uma fábula aos cofres dos seus empregadores e não geram o resultado exigido em cima da expectativa criada.
Hoje, Wanderlei Luxemburgo e Luiz Felipe Scolari, os Pavões, não compensam o custo benefício. Já não têm mais conquistas que os habilitem à condição de top de linha. Porém ambos têm grife. Fosse Estevam Soares e o 6x0 de ontem traria na bagagem de mão um homem a menos no vôo de volta. O que se viu ontem no Couto Pereira foi um baile, um nó tático e técnico, um jogo para o torcedor verde esquecer.
Ultimamente Felipão aparece mais pela sua excessiva choradeira fora de campo do que pelos resultados conquistados dentro dele. Me arrisco a dizer que o seu último grande trabalho foi em Portugal onde levou o time ao 4º lugar da copa 2006.
No Engenhão não foi diferente. O Ceará fez um jogo taticamente perfeito. É um time rodado, com jogadores experientes e bons. Fernando Henrique no gol, Vicente pela esquerda, Geraldo no meio e Iarley no ataque formam uma boa espinha dorsal no ‘Vozão’ de Fortaleza. E o 2x1 saiu barato para o Flamengo. Geraldo perdeu um gol sem goleiro a 10 minutos do fim contra um Flamengo no vai da valsa.
Wanderlei Luxemburgo desde 2005 não emplaca um título que não seja estadual. O último foi o Brasileiro de 2004 pelo Santos. De lá pra cá, foram apenas estaduais e participações medianas em outros torneios. Ano passado quase rebaixou o Galo no Brasileiro. E mesmo assim a imprensa o ama. Ontem ele tirou Deivid e colocou Vanderlei no segundo tempo. No primeiro toque de Vanderlei na bola, gol do Flamengo. O locutor Luiz Carlos Junior disse na hora: “Brilha a estrela de Wanderlei!”, no que foi prontamente corrigido por Paulo César Vasconcellos: “Do Vanderlei jogador, Luiz”.
Já as Formigas são Vagner Mancini e Marcelo Oliveiro, técnicos de Ceará e Coritiba respectivamente. Trabalham em silêncio em troca de pouco dinheiro e produzem o mesmo que os Pavões, as vezes até mais.
Mancini já rodou muitos clubes e seus trabalhos costumam aparecer mais em equipes de menor porte, como agora no Ceará e no Paulista de Jundiaí onde ganhou a Copa do Brasil em cima do Fluminense. Depois rodou por Santos, Vasco e outros sem sucesso. Seu Ceará é trabalhador e inteligente. Geraldo e Iarley dão o tom da experiência e tem em Nicácio um bom goleador. A vitória de ontem não deixou margens quanto ao mérito. Atuação segura e convincente.
Marcelo Oliveira herdou um Coxa vencedor de Ney Franco e soube dar continuidade ao trabalho do ótimo antecessor. A sequência de 26 vitórias é coisa que impressiona. Se pairava alguma dúvida pelo nível dos adversários, ela cessou ontem nos assustadores 6x0 no Palmeiras no Alto da Glória. Claro que é cedo, mas hoje o Coxa joga o melhor futebol do Brasil ao lado do Cruzeiro.
Oxalá o futebol perceba que as formiguinhas, como Mancini, Dorival Junior, Ricardo Gomes, Caio Júnior, Renato Gaúcho, Mano Menezes compensam mais. Eles são menos mal humorados, menos vaidosos e entendem seu lugar sem querer aparecer demais.
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