E mais uma reunião ocorreu na Vila para tentar viabilizar a tão chata e já batida renovação de contrato do Ganso com o Santos. E novamente deram com os burros n’água.
O jogador, que diga-se, só pensa em si, se recusa a aceitar um valor de multa rescisória tão alta, afinal tem desejo de jogar na Europa e acha que isso pode espantar os interessados. Que, aliás, parece que já existem. Internazionale e Milan, dizem. E convenhamos, é sedutor ser cortejado por times desse quilate e Ganso é ser humano que quer fazer seu pé-de-meia também.
O Santos por sua vez, quer lucrar com uma de suas jóias mais reluzentes pois entende que investiu desde a formação do atleta e sabe que está diante de uma mina de ouro. Por conta disso, quer renovar com uma cláusula de rescisão de 50 milhões de euros, como forma de resguarda. Alega que vende por menos, mas que a cláusula é forma de proteger o seu patrimônio. E o Santos tem o atenuante de ter proposto a renovação quando Ganso estourou o joelho no meio de 2010.
A DIS é um daqueles câncer que o futebol contraiu depois da lei Pelé. Ela se aproveita de que não há mais passe e ‘obriga’ os clubes a quase se prostituirem como forma de sobrevivência. Para evitar perder seus craques fácil, os quebrados clubes, vendem fatias à essas empresas e depois viram refém da selva de pedra capitalista que domina essas negociatas. A DIS não tem clube, ninguém torce por ela. Sua intenção é comprar e ganhar em cima. Como foi essa a intenção quando o jogador foi oferecido ao maior rival. Ou alguém acha que eles entram no meio dessas negociatas altruísticamente? Seria ingênuo demais pensar assim.
O pior é que analisando tudo, todos tem sua parcela de razão. O jogador quer seguir o seu sonho de rumar para o eldorado da bola, o clube quer valer o investimento feito e a parceira quer ganhar dinheiro. No meio disso tudo tem um time em quase crise, mal na Libertadores, sem técnico e com uma folha salarial altíssima com Elano, Neymar, Ganso, Keirrison e etc. E tem a pressão que vem das arquibancadas também, que agora deve pesar contra o atleta. E Paulo Henrique sabe disso. O clube também joga com essa hipótese e (a covardia tá aí) tenta se utilizar disso divulgando o conteúdo das reuniões frustradas para assim tentar coagir o atleta a assinar a toque de caixa.
O que fazer, Santos?
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