Diferentemente da grande maioria da população brasileira, eu gosto do futebol feminino. Acho que o jogo é mais aberto sem muitos esquemas táticos e isso dá mais jogo. Mesmo ainda sendo prosaico em certos aspectos do jogo como na falta de boas goleiras, onde só três êm potencial: a americana Hope Solo, a alemã Nadine Angerer e a brasileira Andréia. As demais são de baixo nível técnico e em geral de baixa estatura também.
Desde quando ela era só uma idéia do Luciano do Valle comandada pelo Zé Duarte. Aí veio a era profissional e as conquistas. Renê Simões com a prata em Atenas, Jorge Barcellos comandou o time no ouro do Pan de 2007, na prata olímpica de 2008 e no mundial da China. Agora o time está nas mãos de Kleiton Lima, multi campeão pelas Sereias da Vila e competentíssimo.
A seleção brasileira feminina me encanta, porque joga um futebol rápido, de toque de bola, muita habilidade. Destacam-se as laterais Maurine e Rosana, a meia Érika, a atacante Cristiane. E sobretudo porque tem Marta. Marta é o Pelé do futebol feminino. Sem exageros. Ela sobra na turma.
Conversando com um amigo, acho que ele tem uma definição que é a mais sensata. Disse ele: “Marta joga como um bom jogador do masculino, as outras jogam como mulheres.” Sem machismos, é a verdade.
Marta joga um futebol digno de um bom camisa 10. Tem força na arrancada, drible curto, visão de jogo, boa finalização, velocidade em linha reta e facilidade de mudar de direção. Os gols na vitória por 3x0 sobre a boa seleção da Noruega no Mundial da Alemanha, mostram um pouco disso tudo.
O primeiro numa arrancada de mano contra uma zagueira, duas pedaladas, um corte na segunda zagueira e um chute improvavel no canto que ela estava quando o mais fácil era bater cruzado. No segundo gol brasileiro, uma arrancada deixando 3 marcadoras para trás e a rolada consciente para Rosana aumentar. No terceiro, Cristiane rouba uma bola e bate em cima da goleira, a Rainha pegou a sobra, cortou para a direita e, de novo o improvável, bateu de esquerda no contra-pé da goleira nórdica.
Um show de Marta! Mais um como tantos outros.
Já que a seleção de Mano tropeça e não encanta, cabe ao time de Kleiton Lima, capitaneado pela Rainha, fazê-lo.
Obrigado Marta!
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