Tenho 35 anos de vida e quem me conheceu por um dia nessa vida sabe que sou fanático por futebol. Gosto desde que me entendo por gente. Acompanho cada Copa jogo a jogo desde 1986, aos 9 anos de idade. Acho lindo a festa que só o futebol é capaz de promover a cada 4 anos. O mundo vive em função disso no mês que ela ocorre. Eu não seria diferente!
E desde que eu soube que teríamos uma copa no Brasil em 2014 sonho com ela. Mas sonhar por sonhar é muito vago. Sonho em percorrer o país atrás da copa nos 31 dias que ela vai acontecer. Indo a um jogo por dia, conhecendo todos os estádios, descobrindo culturas diferentes do Brasil e dos turistas que farão parte da festa.
Para tornar esse sonho realidade decidi fazer um estudo minucioso de gastos gerais com ingressos, passagens aéreas, hospedagens, alimentação e transportes variados em cada cidade. O resultado disso seriam 25 jogos in loco da abertura no Itaquerão até a grande final no Maracanã, passando pelas 12 sedes, vendo a seleção em todos os jogos considerando a tabela da primeira fase e o cruzamento como primeira do Grupo A, assistindo 21 das 32 seleções no mínimo, e descansando em casa nos dias sem jogos. A maratona apontou para quase 61 mil quilômetros percorridos e um valor total de R$ 17.000,00. Claro que isso considerando custo médio de ingressos a 150 reais cada, 80 reais de transporte diário (ônibus, metrô e táxi) e 40 reais de alimentação dia.
Claro que a primeira vista parece um valor absurdo para futebol, mas se considerarmos que uma Copa aqui acontece a cada 60 anos, acho que o valor nem é tão exorbitante assim. O que mais dificulta o processo é que a tabela da Fifa não prevê não leva muito em conta o critério geográfico e isso alarga as distâncias. Por exemplo no dia 13 tem jogos em Fortaleza, Manaus e Recife. No dia 14 os jogos serão em Porto Alegre, Rio e Brasília. A menor distância seria de quase 2400 km, quase 3 horas e meia de vôo. A entidade e o comitê organizador local tratam essa copa como as 3 últimas onde as seleções eram itinerantes, porém nos casos anteriores (Japão e Coréia, Alemanha e África do Sul) as distâncias eram curtas por serem países de dimensões territoriais infinitamente menores que as brasileiras, quase continentais.
Ainda assim foi possível traçar um roteiro bom de digerir com poucas discrepâncias geográficas. Claro que é só um sonho ainda, mas sonhar nunca foi proibido e tentarei torná-lo realidade. Quem quiser se juntar a mim nesse projeto maluco, será bem-vindo. Alguém aí topa? =o)